Mais perto de você (Suakko)

 


Restos de seus sonhos desapareceram quando Akko piscou o sono de seus olhos. As pontas dos dedos se enrolaram nos lençóis. Ela estava esparramada com cobertores jogados sobre a cama, mas ela não tinha energia para se importar.

O dormitório estava escuro, iluminado apenas por um feixe disperso de luar que passava pelas persianas. Não houve movimento e nenhum som penetrou nas paredes finas do dormitório. Tudo estava quieto. Akko se viu imaginando há quanto tempo ela estava dormindo. A julgar pela respiração rítmica de seus colegas de quarto, elas estavam fora por horas. Sem saber como era, Akko rolou de lado, de frente para a parede, enquanto permitia que suas pálpebras se fechassem novamente.

O colchão abaixou com o peso de outro, despertando Akko de seu sono leve. Antes que ela tivesse chance de falar, ela foi silenciada por um silêncio agudo.

— Desculpe. Não quis te acordar — Sucy murmurou. Ela se sentou ao lado de Akko, desenhando o que restava dos cobertores sobre si mesma. O par roçou um contra o outro, e Akko estremeceu.

— Sucy!—  Akko disparou baixinho. Ela olhou por cima do ombro para a amiga, que havia se colocado perto dela. Mesmo no escuro, Akko podia ver como os lábios de Sucy se curvaram quando ela retornou o olhar. —O que você está fazendo?— Akko pergunta.

—Eu,  de…— Sucy hesitou, — eu pensei que você estava tendo um pesadelo.— O sorriso dela desapareceu. — Pensei que você precisasse de alguma companhia.— respondeu.

— Um pesadelo?—  Akko ecoou. Ela rolou de costas, olhando para o beliche de Lotte acima dela, enquanto tentava se lembrar de qualquer sonho que tivera naquela noite, mas todos haviam escapado dela. —Você pensou que eu tive um pesadelo?— a japonesa pergunta.

—Você estava se debatendo durante o sono.— Sucy deu de ombros. — Isso explicaria como seus cobertores estavam por toda parte.— Ela apontou para a cobertura agora compartilhada. —Eu pensei que ter uma companhia o acalmaria.—argumentou sucy.

— Acho que faz sentido— concordou Akko. Ela se permitiu relaxar enquanto Sucy se aproximava. Era uma cama pequena e cheia, afinal. Não era como se as duas tivessem a opção de estar perto ou não, se compartilhavam, mas Akko tinha que admitir que não se importava. Estar tão perto de Sucy a aqueceu profundamente. Era um sentimento que ela estava familiarizada, mas nunca havia experimentado com alguém com tanta intensidade.

Um braço serpenteava pela cintura de Akko. Sucy colocou o queixo no ombro de Akko, enquanto sussurrava: Só para você se lembrar de que estou aqui e se sentir segura.

Em troca, Akko se aproximou de Sucy, descansando a cabeça na dela: Obrigada.— ela reconheceu.

Quando o sono começou a superar as duas garotas novamente, Akko podia sentir o calor da respiração de Sucy fazendo cócegas em sua bochecha. Sucy se aninhou contra ela enquanto se afastava, e mesmo quando não estava totalmente consciente, o carinho a deixou atordoada, mas sentindo a necessidade de devolvê-lo. Virando-se para encará-la, Akko passou um braço em volta do ombro de Sucy, puxando seus corpos o mais perto que pôde.

Pouco antes de adormecer, Akko sentiu a pressão suave dos lábios contra os seus. As meninas não se perturbaram pelo que restou da noite, mas pela manhã seu relacionamento floresceria para um novo nível de intimidade além da amizade.


The end.

Após 6/7 meses eu volto com Lwa
Eu sou o maior escritor de Lwa mesmo.



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