Abraço

Narrador On.
Diana e Akko estavam juntas numa sala.
- Akko. - Diana começou, levantando os óculos de leitura enquanto se inclinava para trás em sua cadeira de trabalho. Você poderia destruir esses documentos para mim?"
Desde que Diana decidira comprar o triturador de papel, Akko se ofereceu para rasgar todo e qualquer papel que Diana considerasse desnecessário e, portanto, destruível. E, se Diana devesse ser honesta, às vezes ela imprimia documentos desnecessários só para poder ver o rosto de Akko se iluminar quando os papéis estavam sendo triturados. Por que pedaços de papel recorriam a Akko, Diana talvez nunca soubesse.
A dita máquina zumbia, quase como se soubesse que estava prestes a ser posta a funcionar. Diana olhou em volta do que costumava ser o quarto de sua mãe. Claro, Diana se sentia mal em usá-lo como seu escritório, mas Daryl e as gêmeas eram meticulosas com os outros cômodos da casa, e era o único cômodo com tomadas elétricas suficientes para toda a eletrônica necessária para o trabalho de Diana. Elas tinham sido instalados para ligar as máquinas de suporte de vida da mãe de Diana.
Akko logo veio pulando.
-Yay! Onde eles estão em Diana? - Diana apontou uma pilha inteira de papéis, fazendo Akko explodir com um guincho alegre. - Obrigada Diana!-  Ela explodiu, fazendo Diana pular. Antes que Diana pudesse responder, Akko fugiu, provavelmente para desfazer esses papéis. Diana balançou a cabeça, o cabelo escondendo o pequeno sorriso que crescia em seu rosto.

O trabalho de Diana foi logo interrompido por um som alto e doloroso. Seguido por uma "merda" quase silenciosa e então o som do plástico sendo dilacerado?
- Uh, Diana? Eu acho que pode ter um problema. - Akko anunciou a partir do outro lado da sala, com a voz trêmula e hesitante. Diana ficou imediatamente desconfiada, afastando-se da escrivaninha e correndo para a esquina onde a trituradora de papel ficava.
 - Sim? Akko? É algo a mat- oh  beatrix.  - Ali, deitada entre papéis rasgados, estava o amado urso de Diana, dado a ela por sua falecida mãe. A visão causou lágrimas nos olhos de Diana, obscurecendo sua visão.
-Akko! Esse foi o urso que minha mãe me deu. É uma das únicas coisas que me resta dela. Como.... Como você poderia Akko? -Diana estava em lágrimas, sendo esta a segunda vez que Akko testemunhou lágrimas caindo dos olhos de Diana.
- Me desculpe, eu não queria, foi um acidente. - Akko estava gaguejando, tropeçando em suas palavras com os olhos arregalados e medrosos.
-Está bem. Eu preciso ficar sozinha no momento. Por favor, apenas vá embora. - Diana disse com a cabeça baixa, apontando para a porta. Akko assentiu, tropeçando na cabeça desmembrada dos ursos antes de ler a maçaneta da porta. A visão fez com que o rosto de Diana desmoronasse, lágrimas caindo mais do que antes.
-Sinto muito, realmente. - Akko gaguejou. antes que Diana gritasse "Apenas vá!" Akko saiu porta afora, batendo asperamente na pressa. Uma pintura caiu de sua tachinha na parede, fazendo Diana se encolher.
Diana rastejou até o ursinho de pelúcia decapitado, pegando-o e embalando-o em seus braços.
- Eu sinto muito, tudo bem. - Ela repetiu várias vezes, acariciando os membros decepados do urso. Isso rapidamente se transformou em resmungos cansados, um urso desmembrado espalhado no chão e um ronco silencioso, sinalizando uma Diana adormecida.

- Diana? Você está aí? Você ainda está na aqui desde a  noite passada?  -A voz questionadora de Akko acordou Diana de seu sono, trazendo a baba que caiu de sua boca no meio da noite para sua atenção. Ela rapidamente enxugou, levantando-se e soltando as dobras em seu pescoço.
- Para te responder sinceramente, sim eu estou aqui desde a noite passada - disse Diana.
Ficou em silêncio por um momento, Diana presumiu que Akko estivesse reunindo seus pensamentos.
- Uh, na verdade, você poderia vir aqui? para o meu quarto?  -Isso fez Diana suspeitar.
 -Claro. -  ela parou, sem saber o que mais dizer. Antes que Diana pudesse fazer qualquer pergunta, Akko saiu correndo, seus passos mais altos e mais pesados ​​do que o habitual. Diana se afastou, observando o entupimento do urso chover no chão com tristeza.
- Oh, bem, não há tempo para tristeza agora, eu preciso ver Akko para falar sobre esse incidente-  disse Diana em voz alta para ninguém em particular. Quando Diana começou a viagem (muito longa) para o quarto de Akko, ela pensou sobre a situação em questão. Sim, Akko acidentalmente rasgou seu amado urso, dado a ela por sua mãe já falecida, tornando-se uma vez presente e definitivamente não substituível. Então, novamente, Akko é Akko. E Diana deveria ter sabido guardar o urso, especialmente tendo Akko no verão. Para não mencionar, ela comprou uma trituradora de papel, com Akko morando na casa. E não é como se Akko quisesse fazer isso. Ela estava apenas sendo seu eu desajeitado de sempre.
Diana continuou andando, agora pensando em quão ridiculamente longo era o corredor do quarto de Akko. Quem precisava de uma casa tão grande? Diana não sabia disso. Se dependesse dela, ela estaria em um pequeno chalé de madeira, colocado ao lado de um lago privado, vivendo junto com sua esposa, Ak-Diana tossiu de repente, apagando os pensamentos de sua mente. Agora não era a hora de estar sonhando com algum futuro de fantasia com Akko, especialmente com os eventos que ocorreram na noite passada.
Finalmente, Diana chegou à porta do quarto de Akko, ajeitando o cabelo e endireitando a saia. Ela levantou a mão para bater
- Akko? Eu cheguei - anunciou ela, tocando o cabelo mais uma vez.
Ela podia ouvir algum barulho vindo de dentro, antes de um "entrar" abafado soar pela porta.
Depois de respirar fundo, limpando a mente em preparação para a conversa que estava por vir, Diana colocou a mão na maçaneta da porta, virando-a e empurrando a porta.
E foi recebido com bastante visão. Ursinhos de pelúcia estavam espalhados por toda a sala. Tanto, Diana não podia ver o chão. Sério, cada centímetro do quarto estava coberto, menos o teto, oh Jesus, o teto tinha flâmulas suspensas. Bem no centro de toda a loucura, estava um ursinho de pelúcia gigante . A segunda maior Diana já tinha visto (a primeira não é falada).
E estava se movendo .
Diana gritou, recuando do animal empalhado em movimento . E inevitavelmente tropeçou nos muitos ursinhos de pelúcia espalhados pelo chão, forçando um "oof" de sua boca no impacto. Foi assim, este foi o dia em que Diana morreu de um ursinho vivo. Diana supôs que era irônico, já que Akko acabara de rasgar a noite passada. Espere "Akko !?"
Diana sentou-se em seu lugar onde a morte poderia ter sido, soprando uma mecha de cabelo para longe de seu rosto. Disse ursinho de peluche animou-se ao nome de Akko, acenando com a cabeça sim.
Diana respirou fundo.
- Então, isso é você Akko?-  Isso iria explicar os ursos na sala, não a menção a um quase-vivos sentado na cama de Akko. - Você está usando um feitiço de transformação? Se assim for, melhorou e parece excepcional. - Diana ficou levemente impressionada, renunciando a toda a situação em favor de elogiar Akko.
O urso balançou a cabeça, sugerindo que a resposta era não. Diana estava confusa.
- Não, sendo Akko ou não para o feitiço de transformação? - Ela bateu a cabeça em aborrecimento, levantando-se e pisando em pilhas de ursos de pelúcia. Diana deu um passo para trás com medo, quase tropeçando em outro ursinho de pelúcia.
O ursinho móvel trouxe a pata até a cabeça e levantou-se, revelando um sorriso irônico e olhos vermelhos brilhantes.
 - Sou eu! Sabe o quanto é difícil falar disso? - exclamou Akko, colocando o coração de Diana à vontade. Diana soltou um longo suspiro, esfregando a ponte do nariz.
  - Droga, inferno Akko, você me assutou! - Diana bufou, o rosto vermelho de vergonha.
- Não seja tão covarde, é apenas uma fantasia de ursinho de pelúcia.  - disse Akko.
Diana ficou irritada.
- Como você reagiria se um ursinho de pelúcia ambulante se exibisse para você? Absolutamente aterrorizado, é assim! Especialmente depois que um certo alguém arrancou meu querido urso da minha querida falecida mãe! - Diana já estava gritando, sobrancelhas franzidas e a boca em uma linha sombria.
Akko parecia apologético.
- Me desculpe, eu só queria me desculpar por rasgar seu ursinho de pelúcia ontem à noite. Eu peguei todos esses ursos de pelúcia e me vesti com este grande terno de urso. Eu só queria compensar isso. - O lábio inferior de Akko estava tremendo, a visão forçando Diana a soltar os ombros e soltar uma longa e profunda respiração.
Diana levou os dedos à ponta do nariz e esfregou.
- Eu sei, Akko. Muito obrigado, agradeço. Sinto muito por ter gritado, estou apenas frustrada, primeiro os problemas financeiros da empresa, depois Daryl e as gêmeas com a mansão, e o urso ralado acabaram. Eu não deveria ter tirado isso de você, você já faz muito por mim. Peço desculpas, sinto muito por Akko. - Nesse momento, os ombros de Diana estavam tremendo, sinalizando uma Diana chorosa.
Esta agora sendo a terceira vez que Diana chorava, tudo o que Akko podia fazer era andar (pisar) para a frente, envolvendo Diana em seus grandes braços de ursinho de pelúcia.
- Tudo bem, eu não sou má, tudo vai ficar bem - Akko sussurrou no cabelo de Diana, enquanto acariciava e esfregava as mãos para cima e para baixo nas costas de Diana. Diana sorriu para o uso de "má" de Akko agora, aninhando-se ainda mais no peito de Akko.
Depois de um longo tempo, Diana se afastou do abraço, inalando um grande fôlego.
- Tudo bem, peço desculpas pelo inconveniente, e mais uma vez obrigada pelos muitos ursos de pelúcia. Agora, se me der licença. - Diana foi interrompida pelos grandes braços do ursinho de pelúcia que a envolviam mais uma vez, forçando um "oomf" de sua boca.
 - Shhhh, abraça o tempo. Eu não vesti esse terno estúpido por nada. Sem trabalho, sem limpeza, sem nada, apenas abraça. - Akko murmurou, puxando Diana para mais perto.
No entanto, Diana protestou.
- Mas Akko.. - um dedo difuso foi levado aos seus lábios.
- shhhhhhh -  Com isso, a grande Diana Cavendish foi silenciada. Ela sucumbiu ao seu destino fofo, fechando os olhos e inalando o cheiro de Akko.
- Obrigado Akko. - Diana começou, soltando um suspiro. - Você não tem ideia do quanto eu realmente precisava disso. - Diana sorriu.
Akko assentiu com a cabeça, segurando Diana com força.
 - E honestamente, tudo bem. Não posso continuar a segurar objetos físicos tão próximos do meu coração, quando sei que a mãe está sempre aqui comigo. - disse Diana.
- Porque ela está enterrada no quintal? - Akko perguntou inquisitivamente.
- Sério isso Akko. Mesmo? Você realmente teve que apenas ... - disse Diana, olhando para Akko através da penugem do ursinho de pelúcia.
 - O que? O que eu disse? - perguntou a garota japonesa.
- Apenas cale a boca e me abraça.- disse Diana.
 - Certo, oh grande Diana Cavendish. - Akko sorriu.
- Cale-se. - Disse Diana.

The End.


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